sexta-feira, maio 04, 2012

Eça em Paris

Eça de Queiroz, recém-chegado a Paris, habitou, durante cerca de dois anos, no nº 5 da rue Crevaux (na imagem), numa zona próxima da nossa embaixada.

Até agora, essa é a única das moradas do escritor na capital francesa onde a sua memória não está assinalada. A falha vai ser corrigida, espero, dentro de pouco tempo. Depois de algumas peripécias, conseguiu-se obter autorização dos proprietários do prédio para nele afixar a devida placa.

Será que, perante tantou outros problemas para resolver, a questão da memória da cultura nas paredes tem alguma importância, perguntar-se-ão alguns leitores? Claro que tem! Ora Eça!

12 comentários:

Anónimo disse...

Se os cursos de português "mobilizassem" muitos professores e alunos, tanto no primário como no secundário, até se devia editar um roteiro que indicasse a presença de portugueses em Paris: ruas, estátuas e casas para mostrar aos filhos dos portugueses de França que levariam aquele saber para casa.
José Barros  

Jose Martins disse...

Senhor Embaixador,
De quando em quando dou uma olhadela à Correspondência Consular do sr. Cônsul d´Eça de Queiroz e surpreende-me o interesse em divulgar o comércio português em França. Estava a par das importações e exportações e dava conta, das vendas directas de Portugal para Nantes de figo seco de Vila Nova de Portimão cuja quantidade era:
1896 – 301.484 kg
1897 – 441.620 kg
1898 – 443.905 kk

Que maravilha nessa época, havia figueiras e figos para exportar em Portugal!
Saudações de Banguecoque
José Martins

Anónimo disse...

De mim ninguém se lembra!

a) Dâmaso Salcede, sportsman, Hotel de la Paix, Boulevard des Capucines, PARIS

Portugalredecouvertes disse...

Sendo que há cada vez menos professores a ensinar português (redução de custos?,só fica bem o esforço do Sr.Embaixador para que não se percam todas as memórias!

Isabel Seixas disse...

Ora senhor Embaixador, se concordo, é a nossa identidade.

Anónimo disse...

Mas de mim lembram-se.
a) DSK, Carlton Hotel, Lille

Cunha Ribreiro disse...

E uma placa, ou busto, em honra do EMIGRANTE PORTUGUÊS, alguém poderia encomendar e pedir para colocar em Porte de Charenton, por exemplo?

Isabel Seixas disse...

Bem adorei os comentários, o da origem decerto da expressão com Ele não ia eu aos figos, sempre me palpitou que o Eça estava metido nisso, metaforicamente com ele não é possivel escrever de forma mais afrodisiaca,Claro que para Mim Ele e só homens como Ele atingem a Altura do espirito de Poeta de Florbela Espanca...

Por isso Sr. Embaixador se depois antes de se vir embora organizar uma excursão económica a Paris eu irei com muito gosto e deslumbramento ver as placas alusivas ao nosso Eça, e levo algumas das senhoras minhas amigas que só têm como alternativa ir a fátima em vésperas de eleição viagem paga subtilmente por nós(por acaso estas nem me importa) mas que surge como se fosse o presidente da junta.

patricio branco disse...

bom comentário o de j m.
sim, havia então figo no algarve, hoje os preparados e derivados que lá se vendem são de figos da turquia. o que quer dizer que a turquia merece tambem um eça em paris, mas na actualidade.
que se ponha rapidamente a placa!

Anónimo disse...

Peço desculpa, caro Embaixador e amigo, não como complemento, mas para aqueles que não sabem sobre a estadia de Eça na Inglaterra, permita-me esta inclusão proveniente do meu livro POR TERRAS DE SUA MAJESTADE: “Outro escritor ilustre que conheceu e passou 14 anos na Inglaterra (desde 1874 a 1888), foi Eça de Queiroz (1845-1900), que de Havana foi transferido para a Inglaterra como cônsul, radicando-se em Newcastle-upon- Tyne, durante quatro anos, cidade que detestou devido ao facto de que, naquela altura, era um Importante centro fabril e no auge da Revolução Industrial. Compreende-se o seu estado de espírito ao escrever, em 1875: "Imagine V. uma cidade de tijolo negro, meio afogada em lama, com uma espessa atmosphera, penetrada d'um frio humido". A sua opinião sobre a Inglaterra e os ingleses melhorou apenas um pouco durante a sua estadia, embora mantivesse um grande respeito pelos ingleses, que considerava "a primeira nação pensante". As suas "Cartas da Inglaterra" e "Correspondência" são prova concreta deste facto, refletindo, igualmente, aspetos interessantes de uma visão portuguesa sobre a Inglaterra do século XIX. Com a sua transferência para Bristol, em 1878, a opinião de Eça de Queiroz sobre a Inglaterra mudou ligeiramente. Como uma cidade mais amena e menos industrial e já com laços estabelecidos com Portugal devido ao comércio do vinho do Porto, Bristol tinha também a vantagem de estar mais perto de Londres. Foi naquela cidade que Eça escreveu as suas maiores obras, como é o caso de "O Primo Basílio" e de "Os Maias". Foi ali que passou 10 produtivos anos numa casa que lhe era muito querida e que hoje ainda se mantém”
O HABITUAL ABRAÇO. Gilberto Ferraz.

Anónimo disse...

Passo um endereço para poderem deliciar-se com sua obra prima.

Esmerada adaptação brasileira do Livro Os Maias.

http://www.youtube.com/watch?v=lxb1rkRuQwo&feature=results_video&playnext=1&list=PL29FCC07E3CC4B498

Anónimo disse...

O endereço acima foi desativado, mas este continua ativo.

http://www.youtube.com/watch?v=99YRwglIfjw

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